Designação do objecto:

Vaso de Tavira

Localização:

Tavira, Faro, Portugal

Museu titular:

Museu Municipal de Tavira

About Museu Municipal de Tavira, Tavira.

Datação do objecto:

Finais do século V ou inícios do século VI AH / finais séc. XI-inícios séc. XII AD

Número inventário do Museu titular:

s/n

Material / Técnica:

Cerâmica em cozedura oxidante, fabricado ao torno e modelado.

Dimensões:

Alt. 36 cm, larg. 42 cm

Período / Dinastia:

Almorávida

Proveniência:

Tavira.

Descrição:

Trata-se de um recipiente de barro vermelho depositado no museu de Tavira.

As paredes, levemente inclinadas para o exterior, engrossam no topo formando um canal invisível que permitia a passagem de água, previamente introduzida numa espécie de gargalo-funil que se destaca claramente do conjunto. A água, depois de percorrer a tubagem seria, por sua vez, lançada para o interior do vaso por 8 das 14 figurinhas erguidas sobre o bordo.

Dois cavaleiros armados, acompanhados por um besteiro apeado, enquadram uma mulher também a cavalo. Seguem-se dois músicos que fariam parte de um quarteto, hoje incompleto. A este conjunto de personagens sucediam-se cinco animais, dos quais restam quatro: um bovídeo; uma corça ou gazela; um camelo e ainda um leão. Um bando de pombas pousa no gargalo-funil.

É uma peça extraordinária de arte popular representando certamente o rapto cerimonial que antecede uma cerimónia de casamento em que os animais pretendem ser uma alegoria de bons augúrios para os noivos. A água lançada pelas 8 gárgulas teria por objectivo regar um arbusto plantado no interior do vaso e que poderia ser um mangericão, relacionado nas tradições ibéricas e mediterrâneas, ao culto do amor.

View Short Description

Vaso de arte popular (almorávida) representando o rapto cerimonial que antecede uma cerimónia de casamento. As figuras humanas (mulher, besteiro, cavaleiros, músicos) são acompanhadas por animais, que pretendem ser uma alegoria de bons augúrios para os noivos. Uma planta ocuparia o interior do vaso.

Como foram estabelecidas datação e origem:

Por referencias estratigráficas e comparação tipológica de artefactos associados.

Historial da aquisição pelo Museu:

Depositado no Museu após escavações arqueológicas.

Historial da proveniência:

Recolhido em escavações arqueológicas dirigidas por Maria e Manuel Maia, junto da Porta de D. Manuel em Tavira.

Bibliografia seleccionada:

Maia, M., “O vaso de Tavira e o seu contexto”, Actas do Colóquio Internacional sobre Portugal, Espanha e Marrocos. O Mediterrâneo e o Atlântico, Faro, 2004, pp. 143-166.

Torres, C., O vaso de Tavira, Mértola, 2004.

Citation:

Cláudio Torres "Vaso de Tavira" in "Discover Islamic Art", Museum With No Frontiers, 2024. https://islamicart.museumwnf.org/database_item.php?id=object;ISL;pt;Mus01_C;9;pt

Autoria da ficha: Cláudio Torres

Número interno MWNF: PT 12

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